quarta-feira, 30 de junho de 2010

Rito

Ainda lembro do cheiro
que me marcou aquele seu olhar primeiro
Impregnando em mim o gosto do nosso abraço

De corpo arqueado e fadado pelas veredas do tempo
precipitei o abismo de um amor prematuro
E em queda vertiginosa me revi profundo
esguio e de caloroso sorriso
Sem versejar romances que a vida leva
deixei tal felicidade rimar feições

Lembrando de um passado recente
sonhei futuros de alvoradas incandescentes
Sem querer ser poeta ou poema
sem querer ser dito ou dilema

Liberdade!

Na vida, não há mais segredos
Não há mais ansceios
Em teus quintais ei de cirandar alegrias

Então que venha o tempo
com seus traiçoeiros acasos
pois eu estarei aqui
emoldurando você em minhas retinas

Vestido do seu bom dia
serei ponte segura
para os nossos que estão por vir....