quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Fluido...

Daqui onde céu e mar se encontram
observo o que restou de nós
na garganta o grito que ainda não se cala
no peito aquele vazio que a tarde visita
saudade
No ar, o cheiro de tudo que é novo
os caminhos, os domingos, os sorrisos
no chão os mesmos pés orientando a pisada
bucolismo maloqueiro...
Aqui, onde me encontro agora
faço tempo pro dia não virar hora
no suor o mesmo sangue
na saliva a mesma fome
E o morro me olha,
e me vejo morro
no vento que em mim passeia
noticias de outrora
daqui onde tempestade me recria
deságuo corredeira
lagrima fria pro mar que não se finda em mim...
 

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