terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Poeta.

Um olhar
fixo, vazio e cego.
Tudo olha,
nada vê.

A chorosa manhã
que divide sua dor
banha o chão
com ácido, beleza e torpor.

O Poeta está descrente
nem sua prosa presa
lhe parece verdadeira.

Pororóca de pensamentos
na panela de pressão do corpo.

A cabeça...
Vai explodir!

Sim!
Big-Bang versado,
corroendo os laços
encefalicos do homem.

Ressaca de letras
imagens e amores.
Vai fluir...
Vai lavar...

Pobre poeta
pincela como louco
vírgulas, acentos e pontos.
Quer exaurir-se pela ponta da caneta
e rebuscar novas verdades
vontades, dizeres e pensamentos.

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