sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Terreno...

Com o cuidado de quem pisa em ovos sigo meu caminho
mar em fúria é meu pensamento
na tempestade ácida que não molha minha carne
sou o sol evaporando a água por amor

Terra de ninguém é esse lugar onde vivo
me escondo, me acalmo...

A partir de ontem
sem abaixar a cabeça, olhando nos olhos
sentindo o bafo daqueles que se dizem verdadeiros
enxergo a veracidade da mentira que há em qualquer líder
só quem conhece o cheiro de terra molhada sobre o asfalto
sabe reconhecer-te mundano e livre.

Enquanto a ira caudalosa me sorria
me dei à terra que sempre foi minha e por muito negada
veredar o solo do conhecimento é minha alforria
tocando meu eu fazendo folia
vou pra guerra sendo verdadeiro
dançando ciranda por fim serei criança.

Aos que se sentem superiores
aos que me negaram direitos e amores
aos que demarcaram seu imaginário território
esses sim, sentirão o arder do caos imposto à mim
quando feito curisco alumiando a fumaça cinza
negarei aos céus voltando pro chão
sem me alienar ou cercar minha razão
e mesmo após meu fim falharão quando tentarem
me separar do lugar onde vivi
pois sou parte dessa terra como ela é parte de mim!

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