segunda-feira, 30 de março de 2009

E se...

E se essa manhã nunca chegasse
se essa noite reinasse a eternidade
se fosse eterno nosso abraço
ainda a amaria?
E se os carros fossem astros,
as estrelas perderiam o brilho?
Se todo barro fosse ouro
se toda riqueza fosse abstrata
se essa fé fosse talhada
se o sol apagasse seu fogo
se eu soubesse o tende a vir
me arriscaria tanto?
Se meu grito estourasse em meio ao silêncio
quem me ouviria?
se a vida fosse breve feito o dia
se minhas duvidas duvidassem de mim
se você não me quiser
o que irei fazer?
E se... E se... E se...
E se não terminar esse poema
e se termina-lo, terei obtido alguma resposta?

2 comentários:

Unknown disse...

E se eu te dissesse que gostei desse poema
Você acreditaria?

Camila Trindade disse...

As dúvidas são certezas permeadas pelo tempo. O mundo, a vida, as pessoas, os credos, os mitos, as profecias... Tudo é um "e se..." permanente. Todas as coisas são lados, opostos e parelhos. E se sim? E se não? No mais, talvez.


Belo texto, rapaz. Gostei do blog!