segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Monólogo

Não bastasse a ingenuidade do saber,
seguem risos soprados com medo
rios de calafrios no instante em que o dia se faz, se acaba
segue a dislexia lendo a vida em notas frias, notas mortas
resta assim o medo da morte, escondendo-se na intensidade do viver, do não deixar pra amanhã...
Resta assim a incompreensão do lar, o descaso social, a vida sempre às margens...
Mas noite após noite o dia morre, levando com ele uma falsa sensação de vida.
Amanhecerá novamente, novos sonhos acordarão, novos medos, novas falhas no existir
O mundo continuará girando sua roda da fortuna, seu alavancar de caça-níquel
e eu... eu continuarei a monologar minhas meias verdades diante dessa mentira inteira, semearei sonhos mesmo que essas sementes só existam em mim.

Um comentário:

Ana Paula dos Santos Risos disse...

Meias verdades e mentiras inteiras
me parece uma medida injusta
de uma poesia linda
semear poeta ?
Semeie em tuas ações a força das tuas palavras.
TAmbém faço monologos
já cansados desse só mim mesma

Um braço! Parabéns.