quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Meus carmas, sua cama, minhas quimeras....

Queria saber das minhas quimeras
que desnudas inundam meu peito vazio
São lembraças pisadas com cuidado
um caminho de amores e memórias
Karmas e armas me matando ao poucos
em suas camas, em saudade dos seus lençóis
um tiro, um sorriso, uns milimetros a mais distante
Queria saber dessas quimeras
talvez um pouco mais e entender a mim
Se me acham alvo de ser achado fácil
ou se há chão onde possamos pisar partilhas
Queria saber acima de tudo
se sou cria ou criador dessas meninas
se sou criatura de perda constante
náu derivando
folha ao gosto do vento
e se são elas portos navegantes
ancoras
velas
caçadoras...
Cada vez mais distantes
cada vez mais flutuantes
cada vez mais amantes
cada vez mais assassinas
e eu
cada vez mais afogado
no fel
no meu amargo querer vivência
no meu infinito de desculpas
por vive-las demasiado
apenas em memória...

3 comentários:

Camila Trindade disse...

Poetas desvendam quimeras ao passo que dependem delas. As vezes não desvendam... Mas dependem delas.

Lid´s disse...

menino bonito...
homem sensivél...
já foi mulher. Eu sei!

Unknown disse...

Essas quimeras...

Adorei André!
Bjus
saudades