quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Alvorada

Certa vez o sol disse ao dia
que amarga era a vida
a solidão o entristecia
pois a lua não o queria

e então o dia disse
que era outro que sofria
pois a sua amada noite
com ele não casaria

o sol perdeu o calor
o dia "inegriou"
era a nuvem que chegára
chorando, incontrolada
pelo vento o seu amor

o vento que a guiava
o vento que a tocava
o vento que a deixára
chorando em desamor

mas eis que chega a noite
entristecida, "enviuvada"
pois sabia que pra ela
o sol já não brilhava

trousse contigo a lua
emudecida, envergonhada
que de ver tanta loucura
se tornou então minguada
pois o seu amor ao dia
não veria outra alvorada

ao descobrirem tudo isso
a uma guerra deram inicio
o sol queimára o dia
que pra noite nem olhou
pois a nova lua cheia
com o seu brilho o ofuscou

essa história tomou forma
que por séculos perpetuou
encorajando todo aquele
que já sofreste por amor.

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