quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Linha azul

Linha azul, céu cinza, rio negro
Pele lisa, cabelos amarelos, olhos azuis
margem esverdeada e intoxicada

múrmurios no trem entrelaçados à sua voz
o toque do telefone, o toque no cabelo
o bocejo, o sorriso os dentes

o olhar para o horizonte
meu olhar sobre você
minha atenção à ti
Ó moça, qual o teu nome?

o anúncio no vagão
descerá na próxima estação
e eu voltarei a observar o rio de podridão!

Um comentário:

Daniel FagundeS. disse...

Esse poema é só para o tipo de vagabundo nato que fica olhando mina em trem e depois ainda escreve sobre o fato...é nóis muleque!!

Daniel FagundeS.