Ferro e concreto separam desejo e realidade
a vida acorrentada ao relógio
determina até o horário de ir ao banheiro
em certa hora da noite, só lhe resta o travesseiro.
O sol cortado pelas grades
não ofusca o brilho nos olhos do menino
as mãos seguram com firmeza cada barra
esperando contar as pedras perdidas na calçada
Na rua outros cantam, correm, gritam
e ali, o aliado da tristeza apelas olha.
Imagina que um dia seu mundo será tão grande
quanto à distancia até a esquina.
Vendo os carros passarem
se pergunta por quê foi condenado?
Por quê não nasceu como pássaro?
Por quê? Por quê? Por quê...
Por quê estava ali enjaulado?
Sendo que único mau foi ter nascido urbanizado.
Isso mesmo, enquanto uns batem no peito
com orgulho de serem acinzentados
outros, com olhos lunares se tornam sedentários
engolindo o desejo enigmático de fazer o asfalto
sentir o calor de seus livres pés descalços...
4 comentários:
Oi André
Bom esse poema! Gostei
Abraços
Maria Helena
E ai andrezão..
Nosso infância é um dos bens mais preciosos que temos, e todos tem direito a ela. Ninguém deve ser privado....
Muito bom véiu..
Flw
abraço
Muito bom cara, demorei mas vim aqui pra ver =)
Desculpa a demora, e agora tenho que fazer uma confissão que nã fiz antes pra você naõ ficar se gabando rs, você escreve muito bem, dá um pouquinho pra mim, dá? rs
Beijooos
Valeu a visita Maria helena!
po Leandro, a ideia é bem essa...mas como nao privar quando vivemos numa sociedade como essa?
Florrr, quanto tempo nao vem aqui! Rsrs entao ate escrevo bem!? valeu hein! Rsrs
a sua parte já foi entregue, mas quem sabe um dia nao façamos um desses juntos?! Rsrs
bjos e abraços a tdos (pra vc tbm Lê)!
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